Reconhecer quem é Jesus é ser bem-aventurado, só assim fazemos parte do projeto de Deus realizado no Cristo..
No evangelho de hoje estamos diante da questão da Identidade de Jesus. Perante isto, dois títulos se confrontam: Filho do Homem e Cristo. Jesus, com freqüência, identifica-se como o “Filho do Homem”. Por outro lado, os discípulos originários do judaísmo identificam Jesus como o “Cristo”.
O “Filho do Homem” é uma expressão que aparece quase uma centena de vezes no profeta Ezequiel, exprimindo a condição humana comum e frágil de alguém que coloca toda sua confiança em Deus. “Cristo”, que é sinônimo de messias ou ungido, é um título aplicado abundantemente a Davi, ou a um seu descendente, no Primeiro Testamento, estando associado à idéia de um chefe poderoso e dominador.
“E vós quem dizeis que eu sou?” Assim como nós, Jesus teve a necessidade de saber quem era Ele para as pessoas, e, principalmente, para aqueles que com Ele conviviam. Ter conhecimento de quem somos nós para o outro e principalmente para aquelas pessoas que nos cercam é muito importante para a nossa realização pessoal.
Na verdade, essa imagem de Cristo que todos nós levamos dentro, desde o batismo, está, ou destroçada, ou escurecida. Como poderemos ser apóstolos se não sentimos sua presença dentro de nós? Como vender um produto do qual não estamos nós, os vendedores, convencidos?
A resposta de Jesus dada a Simão indica que a nossa resposta, admitindo seu senhorio total como Messias e como Filho de Deus, é também um dom do céu. Não seremos os chefes, como Pedro, mas a Igreja estará fundada em nós e nas nossas famílias.
Jesus é a realização das expectativas messiânicas, o portador da justiça que cria sociedade e história novas. Ele supera, portanto, a barreira do velho e introduz a novidade.Reconhecer Jesus desse modo é ser bem-aventurado, porque assim o cristão mergulha no projeto de Deus realizado em Jesus.
Ninguém chega a entender “quem é Jesus” a não ser mediante o compromisso com suas propostas (a justiça do Reino), que são as mesmas do Pai. O reconhecimento de Jesus não é fruto de especulação ou de teorias sobre ele, e sim de vivência do seu projeto (prática da justiça)
Cada um de nós tem uma missão muito especial aos olhos de Deus. Somos Seus instrumentos na concretização do Seu Plano de Salvação. Simão foi aquele que, inspirado pelo Espírito Santo, apontou a verdadeira identidade de Jesus. Foi então que Jesus o conscientizou da sua missão aqui na terra, dando-lhe poder e autoridade para ser chefe da Igreja fundada por Jesus Cristo. “Tu és Pedro”, no nome, a missão.
Meu irmão, minha irmã: Você também diante de Deus tem um nome que designa uma missão muito especial. O que poderá significar? Pergunte ao Espírito Santo!- Você sabia que tudo o que você fizer na terra, terá também repercussão no céu?Dê a você mesmo um nome que designe uma virtude, uma qualidade, ou uma maneira de ser.
Amém!
Pároco: Pe. Alessandro Almeida Colen
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